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terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

O BARCO


Velas içadas em mar aberto,
Última peça de um mirante,
Assim ocupo um lugar.

Antes, a força impele-me
À deriva,
À mercê do vento.

Vagalhões decidem sacudir o barco,
Sendo como é,
Sem leme,
Sem direção.

Navego...
Porque navegar é uma ordem impositiva,
Pulsão inexorável.

05.04.97

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