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sábado, 27 de setembro de 2014

ÁGUAS

para Daiane Oliveira

Tudo desafia a gravidade
mansamente.  Águas calmas,
amálgama dos passos dados no mundo.
(Águas calmas). Eu aqui tsunami
diante dos hieróglifos
da vastidão do que não tem nome ainda.

Chegas parecendo praia calma.
desafiando o imperfeito,
a pressa,
um lugar que falta para cada coisa.
(Praia calma...)

Eu tsunami
À espera do próximo vôo,
de transbordar. De um ponto fixo qualquer.
De saber da praia e do que paira no vazio:
tsunami.

Súbito me encontro tsunami. A espera é tsunami.
As ondas rolam matemáticas. As ondas feitas de espaços
vazios,  de entrelinhas e de silêncios
excursionam  exibidas.

Praia calma pode ser  tsunami. Praia calma
pode nem saber onde se finda.
Chegas assim como praia calma sussurrando
o que pode ser.


27/09/2014

João Lopes Filho

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