O RIO
a música
repetitiva
e monocórdica
faz fundo
para o rio de fogo
que fluxa
inexorável
os peixes
brilhantes
são
flagrados
numa dança
turbinada
pela solidão
das águas
no rio sou
eu
eu rio do
que não se traduz
os peixes
seguem alheios
a tudo
penso no
destino dos peixes
o rio de
fogo segue seu curso
a janela se
abre
o véu se
esfumaça
é sonho
peixe tem
destino
eu invento
14/12/2014
João Lopes Filho
Nenhum comentário:
Postar um comentário