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sábado, 17 de janeiro de 2009

JANELA

Forças cegas,
Impalpáveis,
Barram o espírito de vida,
a pulsão erótica.
Através da janela,
algo distante do tempo
é evocado.
Através da janela,
descortina-se uma fala
constrangida
em confessar.
Através da janela
o existir destroça-se
num suicídio diário,
entorpecido pela aurora.
Através da janela,
olhando a paisagem,
tudo parece igual
e não é.
Através da janela
o nada não aparece,
apenas o vazio de quem olha.


25.01.97.

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