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segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

O TEMPO DANÇA

Estes obscuros objetos de cena
Acompanham os passos
Do tempo que avança

Dança, senhor, dança
Passeia pelos espaços
Voa
Surdo senhor
Tempo que assovia
Atrás do vento
Que rima com a morte
Que geme com os bichos
Que pesa mesmo leve
Que se insinua
Que grita
Que fala
Que escala a cama
Que exaure a alma
Que canta
Canta senhor das tréguas
Dormita sorrateiro
Feito de dança e movimento

Volteia nesses obscuros objetos
Que acenam com o olhar
Golpeia, tempo
A carne carcomida
A pele alva e o ar.

05.05.2004

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