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sábado, 17 de janeiro de 2009

PALAVRAS


Persigo a palavra
da qual não me liberto-
ela que não se deixa enclausurar.
Daqui por diante
quero apenas palavras!
Quero dobrá-las,
contorcê-las,
fazê-las significarem.
Atarei as palavras aos objetos.
O concreto,
o ideal,
a emersão do eu unificado dar-se-á.
Que doce exercício inútil
só comparável à poesia.
Perseguem-me as palavras,
quando penso que as possuo.


09.03.97.

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