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sábado, 17 de janeiro de 2009

QUAISQUER

as redes atravessam meu corpo
as redes fazem-me peixe
as redes prendem o meu cérebro
as redes enlatam meu prazer
as redes bifurcam a existência
as redes arregimentam a sede
e as cores
e as cores
e as cores
flores mortas e vulcânicas
flores cores redes
vivo em 1998
e morro em qualquer ano
desmandos da imagem
desanda a imaginação
dez águas contaminadas arrastam
deixe estes grafitis exibindo-se nos muros
deixe estes grafitis colados na sua alma
deixe estes grafitis como mensagens para qualquer
fazer qualquer
quaisquer que sejam as cores com as quais você me seduz.

30.05.98

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