Estes obscuros objetos de cena
Acompanham os passos
Do tempo que avança
Dança, senhor, dança
Passeia pelos espaços
Voa
Surdo senhor
Tempo que assovia
Atrás do vento
Que rima com a morte
Que geme com os bichos
Que pesa mesmo leve
Que se insinua
Que grita
Que fala
Que escala a cama
Que exaure a alma
Que canta
Canta senhor das tréguas
Dormita sorrateiro
Feito de dança e movimento
Volteia nesses obscuros objetos
Que acenam com o olhar
Golpeia, tempo
A carne carcomida
A pele alva e o ar.
05.05.2004
Nenhum comentário:
Postar um comentário